"Nessa faixa adulta a gente tem uma população que acabou escapando e não se vacinou. Aqui no Paraná foram vinte anos sem sarampo. E depois disso ainda demorou um pouquinho até todos atualizarem suas carteiras de vacinação", acrescentou Lopes.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (SMS), das atuais 173 confirmações apenas na capital, a faixa etária em que há maior número de registros é entre 15 e 29 anos, o que corresponde a 85% do total. A idade mediana dos pacientes é de 22 anos.
Marion Burger, médica pediatra e infectologista do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, estima que a capital paranaense ainda vive a tendência de crescimento do sarampo. "O sarampo é uma doença mais transmissível do que gripe. Estima-se que uma pessoa contaminada possa ar o vírus para outras 12 a 18 pessoas não imunizadas adequadamente", explica.
E, de acordo com a especialista - que também coloca a densidade populacional de Curitiba e a ligação comercial da cidade com a capital paulista como o motivo mais evidente da disseminação da infecção por aqui -, a estratégia adotada pelo município para ao menos desacelerar os diagnósticos é a vacinação.
Até 24 de outubro deste ano, foram aplicadas em Curitiba 177.458 doses do imunizante – o dobro do contabilizado durante todo o ano de 2018 e quase três vezes a mais do que as aplicações feitas em 2017.