“Obviamente, não concordamos com esses comentários. Temos sido muito claros ao afirmar que não acreditamos que haja genocídio na Faixa de Gaza”, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, em entrevista coletiva. 66221o
Miller acrescentou que os EUA querem que o conflito termine “o mais rápido possível” e que a ajuda humanitária aos civis na Faixa de Gaza seja aumentada, mas não compartilham a comparação do mandatário brasileiro.
Após uma cúpula da União Africana em Adis Abeba no fim de semana ado, Lula disse que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza não é uma guerra, é um genocídio”.
Ele argumentou que o confronto “entre um exército altamente treinado e mulheres e crianças” nunca havia acontecido antes na história, exceto “quando Hitler resolveu matar os judeus”.
Lula já tinha usado a palavra “genocídio” antes para descrever a ofensiva israelense. A primeira vez foi 20 dias após o ataque terroristas do Hamas em 7 de outubro do ano ado, quando ele afirmou que a questão não era “quem disparou o primeiro ou o segundo tiro”, mas sim acabar com as hostilidades e cuidar da população civil.
A discordância de Washington sobre essa questão ocorre no mesmo dia em que o secretário de Estado, Antony Blinken, embarcou em uma viagem pela América do Sul para se reunir com Lula e o presidente argentino, Javier Milei, com as atenções também voltadas para a Faixa de Gaza, Venezuela e Ucrânia.